segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Primeiro dia.

Primeiro dia.

Toda viagem começa antes de se chegar ao destino final. Começa desde a preparação, como compra de passagem, arranjar o visto. Esse tipo de coisa. Bacana saber que aquela vacina de febre amarela não é exigida em nenhum momento em que você está para entrar na Índia. Mas olha pelo lado bom, FEBRE AMARELA fail! Vacina WINS!

Continuando, outra parte que é interessante acrescentar na viagem é a despedida que a galera dá. Principalmente pessoal da AIESEC, como ir em uma balada, combinar um almoço, etc. No meu caso não foi diferente. Tive meus momentos finais na última semana no Brasil, curtir o bota-fora da GV com o pessoal da faculdade e da entidade, e também pude na sexta encerrar com chave de ouro e ter minha última balada na Mãe Madalena(Vila Madalena).

Amigos se despediram, não tive oportunidade de falar tchau a todos que considero queridos, mas acredito que finalizei o Brasil em 2011 com chave de ouro.

Outra despedida importante é a da própria casa. Dizem que é na casa que se guarda o coração. Isso é verdade, a partir do momento em que você entra na área de embarque, uma saudade forte passa a bater no coração, como da nossa casa, nossa mãe, nossos bichos de estimação e principalmente nossa terra. Despedir da minha mãe e viajar fora do país pela primeira vez foi uma emoção forte. Achava que só iria sentir saudades dela mais tarde da viagem, porém logo nesse primeiro dia, já sinto falta dela.

A viagem de avião em si é longa, são 13:30 horas de São Paulo para Dubai, e mais 3:45 horas de Dubai para Hyderabad. O trecho entre São Paulo e Dubai foi agradável. O avião da Emirates tem um sistema de bordo bem eficiente e confortável, permitindo que o passageiro tenha diversão durante a viagem inteira. É uma grande variedade de filmes, música, games, etc. Logo no começo da viagem comecei a assistir Cowboys&Aliens, com Harrison Ford e Daniel Craig. Filme mais ou menos, elenco bom até. Logo depois assisti Kung Fu Panda 2, muito bom o filme achei, continuação bem bolada e até que deu pra dar umas boas risadas.

Após assistir esses dois filmes, me preparei para tirar um cochilo, quando um senhor árabe aparece do meu lado e pede para se sentar........e lá se foi meu sono para as cucuias......Não entendi direito o por quê, ele simplesmente quis sentar e eu não pude impedir, já que antes mesmo que eu percebe-se ele estava já acomodado ao meu lado. Como vi que ele não ia sair dali por um bom tempo, decidi assistir mais um filme, Transformers 3. Já havia assistido o filme, é bãozin até.

Após acabar o filme o senhor se retirou do assento ao lado, e pude enfim ter algumas horas de sono, um pequeno detalhe que já havia amanhecido quando adormeci.

Infelizmente fui só acordar após o almoço, e acabei ficando sem essa refeição, nada que um lanche da tarde não fosse repor. Durante o resto da viagem fiquei vendo a paisagem lá fora. Passar por cima do Rio Nilo e ver o deserto do Saara que se estende até o Mar Vermelho.

Já era noite quando nos aproximamos dos Emirados Árabes, e a cidade de Dubai, em si, é um diamante no deserto, com sua iluminação e seus grandes prédios. Não tive a oportunidade de descer na cidade, que fique para uma próxima vez. De qualquer forma pude aproveitar um pouco o aeroporto, e principalmente ficar algumas horas vendo o FREESHOP, que se estende por quase 1km. É uma variedade infinita de produtos que se vende lá, mas o que me chamou mais a atenção foi uma joalheria, que vendia milhares de jóias de todos tamanhos e cores, e PrEçOs.......haja grana.......

Outra loja que me chamou a atenção foi a de bebida. A variedade de bebidas alcoólicas diferentes nessa loja, principalmente de whiskey, era impressionante, tendo algumas chegando a 2000 dólares!

Enfim, como era uma escala de 6 horas, pude explorar todo terminal sem problema algum, e ainda pude lanchar no McDonalds, cujo preço em Dubai é um pouco inferior ao nosso, tendo saído uma refeição com BigMac, batata frita grande e refrigerante grande somente 7,8 dólares. Acredito que no Brasil chegue a 10 dólares esse tipo de refeição.

Enrolei pelo aeroporto mais algumas horas, e fui embarcar em torno das 2:45, já que o voo saia em torno das 3:45. Infelizmente esse avião de Dubai para Hyderabad não era tão moderno como o outro, e era bem mais apertado, portanto não pude aproveitar tanto a viagem, nem consegui dormir, porém pude apreciar uma boa refeição indiana no caminho, com curry, apimentadinha....haha. Conheci um cara na viagem, fui conversando com ele durante o voo. Fui conhecendo um pouco da cultura indiana nesse processo.

Cheguei no aeroporto de Hyderabad em torno das 8:40. Logo fiz a entrada no país, passaporte carimbado, e fui logo pegar minha mala. Acredito que para alguns viajantes mais apavorados, o coração aperte no momento de pegar a mala e ela demore um tanto para aparecer. Para mim, demorou 30 minutos, o suficiente pra você já conspirar e achar que sua mala foi para Bangladesh ou pro Nepal.....haha, mas enfim ela apareceu. Pisar fora do aeroporto de Hyderabad pode ser complicado para alguns, e chega a ser engraçado pois todo mundo te encara. Se você é branco assim como eu, e ainda tem olho claro.....ha!

Demorou um pouco para eu me achar, mas no final consegui achar uma casa de câmbio e trocar em torno de 50 dólares, o que equivale a 2300 rupias. Pude ligar para meu contato na cidade e logo fui pegar o ônibus para a cidade, que partia em poucos instantes. Não demorou muito para chegar no ponto que eu precisava descer, porém nessa viagem de 40 minutos, pude ver que o trânsito da cidade é realmente CAÓTICO. Acredite, depois de visitar a Índia, você irá beijar o asfalto de São Paulo, que mesmo com sua frota massiva de carros, é muito menos caótico que o trânsito na Índia.

Desci no ponto, e logo os taxistas já caíram em cima querendo saber se eu queria taxi ou não.....o povo não é mal-educado, porém o inglês é extremamente complicado. Se você acha engraçado o modo como falam nos filmes indianos a lingua inglesa, você vai chorar quando ouvir mesmo ao vivo e em cores. Fiquei nas escadas do prédio que é referência do ponto de descida do ônibus.

Demorou 30 minutos para meu contato aparecer. É um pouco desesperador, mas pelo menos os taxistas ajudaram e esperaram meu contato chegar. Foi ai que me dei conta que havia perdido minha mochila aonde estavam os documentos e principalmente, meu dinheiro! Graças a Deus a mala havia sido retirada do ônibus e colocada no estabelecimento da empresa de ônibus. O problema foi que para liberar a mala era necessário ter xerox do passaporte, e lá fui eu e meu contato, Rohit, tirar esse xerox. Detalhe que fui de taxi tuktuk tirar o xerox, e dali fui de tuktuk até o escritório da AIESEC de Hyderabad, localizada em um bairro nobre da região. Lá deixei minhas malas, conheci um pouco sobre o corpo executivo da AIESEC, e fui almoçar com Rohit.


Um comentário:

  1. Não é porque sou prima da sua mãe que vou dizer que adorei sua narrativa.......mas adoreiiiiiii...
    me senti na India com meu filho perdido e sua mochila perdida querendo dar colo e ao mesmo tempo sabendo que tudo faz parte de seu "crescimento" pessoal.....continue escrevendo...é impactante...bjjss
    mara

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